quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Projeto de Aprendizagem:

                                                                 Traumas da Infância
Definição da temática:
Psicólogos constataram que pessoas que experienciaram acontecimentos traumáticos na infância tendem a sofrer mais de ansiedade, pânico, pouco controlo da raiva, problemas de sono, alcoolismo, abuso de drogas e queixas físicas. As carências e problemas psicológicos da vida adulta, na maioria das vezes, são resultado de uma infância conturbada e problemática.

Problematização:
Diariamente nos deparamos com noticias de casos que nos surpreendem envolvendo crianças, como estupros vindo de familiares ou até meso de estranhos, agressões físicas e verbais, causando vários problemas no desenvolvimento de aprendizagem e na vida social da criança. Procuramos pesquisar mais sobre esse assunto para saber as formas adequadas para ajudar as crianças a superar os traumas.


Certezas Provisórias:
A moderna Psicologia Cognitiva, através dos modelos das Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais (TCCs)  tem trazido contribuições relevantes no que diz respeito a como identificar precocemente estes quadros de violência contra a criança, bem como em formas de atenuar as alterações decorrentes, seja em termos comportamentais, afetivos ou de pensamento. As crianças geralmente se tornam mais agressivas, silenciosas, anti-sociais, inseguras, indecisas e mostram grande diferença no ensino escolar, por exemplo, se desinteressa por frequentar a escola. Com o passar do tempo, ao chegar na vida adulta, os traumas infantis como a perda de vínculos afetivos devido à morte de pais ou de irmãos ou, ainda, a privação de um ou de ambos os pais por separação ou abandono, violências em geral  podem se manifestar em forma de depressão, isso foi comprovado por estudos e pesquisas feitas nas ultimas décadas.

Duvidas Temporárias:
*Uma criança que sofreu algum tipo de abuso sexual tem alguma forma de superar definitivamente este trauma?
*Uma criança que foi criada longe dos pais podem ficar traumatizadas, como fazer para ajuda-las?

Planejamento do programa de forma cooperativa:
Normalmente, o que se chama de trauma, em uma criança, é quando esta é abusada sexual, física, emocional ou mentalmente. O que muitos de nós não percebemos é como pequenos acontecimentos podem ser traumatizantes. As pessoas, a partir de suas experiências de vida, passam a criar barreiras e limites de proteção e segurança. Um trauma é uma situação que rompe essas barreiras e limites que faz com que a pessoa paralise no tempo e no espaço. Excede todos os limites de segurança e suporte. O trauma deixa marcas e, sempre que voltam as lembranças, essas marcas vão se aprofundando. O trauma aprisiona os sentimentos fazendo com que as pessoas só pensem no que aconteceu.
Como ficar em paz com nossos filhos sabendo que existem pessoas capaz de cometer barbaridades contra eles e estragar o resto de suas vidas? Realmente está cada vez mais difícil conviver com as pessoas. As crianças são como terra fofa ou molhada, qualquer trauma é como se fosse um buraco profundo e fácil de fazer. Esses buracos, às vezes, ficam para o resto da vida, causando maus humor, tristeza e doenças.




quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Separação dos pais, reflexo nos filhos.

Nos dias atuais, o filho de pais separados não é mais uma exceção. Conviver com amigos na mesma situação pode até ajudar a criança a aceitar melhor a condição em que estará a partir daquele momento, mas não ameniza em nada o sofrimento individual da criança em se adaptar a essa situação. Mesmo nos casos em que é nítida que a separação do casal é a melhor opção, a criança de até seis anos não consegue abstrair e imaginar nenhuma situação em que ela saia perdendo... 
 Nessa idade a criança é egocêntrica, não enxerga o mundo e nenhuma situação sem estar como o personagem principal e, sendo assim, mesmo que inconscientemente, sente-se culpada pela saída do pai ou da mãe de casa. 
Digo inconscientemente, pois filhos de pais que se separaram quando eram menores do que os seis anos, normalmente não terão grandes lembranças da fase da sua família nuclear completa, porém apresentarão alterações comportamentais significativas até que aceitem completamente a situação. 
Algumas crianças ficam apenas tristes, quietas, outras vão apresentar agressividade verbal ou física. Por incrível que possa parecer, as crianças que ficam apáticas a essa situação, aparentando controlar e aceitar bem, são as que mais problemas apresentarão no futuro, justamente por terem guardado tanto o seu sentimento em relação a situação e, na maioria dos casos, tornam-se inseguras ou descrentes em relação a relacionamentos afetivos, e essa consequência, se tornará explícita apenas na adolescência ou na fase adulta, fazendo que nem todos associem esse comportamento a situação vivida na infância. No caso da criança não superar suas dificuldades emocionais decorrentes da separação de seus pais, mesmo quando tudo vai voltando ao normal após certo tempo, é aconselhável a procura de um profissional da área de saúde mental para avaliar e fazer o melhor encaminhamento do caso, inclusive indicando uma psicoterapia quando necessário.

Abaixo, confira dois depoimentos de adolescentes que sofreram de bullying e cyberbullying feitos ao programa Altas Horas!





 Cyberbullying: a violência virtual
Na internet e no celular, mensagens com imagens e comentários depreciativos se alastram rapidamente e tornam o bullying ainda mais perverso. Como o espaço virtual é ilimitado, o poder de agressão se amplia e a vítima se sente acuada mesmo fora da escola. E o que é pior: muitas vezes, ela não sabe de quem se defender

 






 

          



Bullying.

Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.
O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos. Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullying entre seus alunos; ou desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente.
'' No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com alunos de escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras com maior incidência dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.''

A morte de um ente querido pode causar trauma. Segue algumas dicas para evitar este tipo de trauma infantil:

Entrevista cedida pela psicóloga Marisa de Abreu para o jornal O Liberal

Como falar sobre morte com uma criança:

- Como responder a uma criança que pergunta para onde um ente querido vai quando morre?

Psicóloga: Esta resposta está fortemente vinculada à crença à qual a família quer criar esta criança. Várias respostas são corretas conforme a religião da familia: “Ele foi para o céu”, ou “Foi para um lugar bonito e tranquilo”, ou “O tempo dele acabou, como tudo na vida tem um fim, mas estará sempre em nossos corações e nossas lembranças”, “Ele ficará num lugar bacana até que volte para Terra com outro corpo, mas sua alma continuará a mesma”, etc.

- O que falar para a criança para parar aquela dor no peito da saudade?

Psicóloga: “Vamos pensar nos momentos bonitos que tivemos juntos, essas lembranças são suas e nada nem ninguém poderá tirar de nós. Você lembra quando.... (passeamos juntos..., ele te deu aquele presente..., ele fez aquela surpresa..., etc). Somos muito sortudos por te-lo em nossas vidas, e isso é muito bom. Valeu a pena curtir com ele e mesmo que já tenha acabado ele continuará em nós na forma dos ensinamentos que nos passou. Ele nos ensinou que é muito bom gostar de alguém, que devemos continuar a manter pessoas legais em nossas vidas.”

- E se ela perguntar: quanto tempo eu tenho que ficar triste?

Psicóloga: “É muito normal que você fique triste, pode se sentir assim pelo tempo que perceber que a tristeza vem. Eu também estou triste e isso só significa que ele era muito importante para nós e que temos muita sorte por tê-lo  conosco por esse tempo que passamos juntos. Essa tristeza pode ser incomoda agora mas com o tempo você verá que te fortaleceu e te ajudará a curtir cada momento bom com as pessoas que estão com você.”

- Se ela pedir para ter fotos no quarto dessa pessoa que se foi, como responder à ela?

Psicóloga: “Sim, você pode lembrar dele o quanto quiser e as fotos ajudam a manter a memória viva. Olhe para estas fotos com o carinho que você gostaria de mostrar se ele estivesse aqui agora e deixe seu coração ficar feliz por você ter a oportunidade de manter lembranças tão legais dele.”

- O que dizer se ela pedir para ir no cemitério quando fizer aniversário da morte?

Psicóloga: “Sim, pode ir, iremos juntos, compraremos flores e deixaremos bonito o lugar que representa sua passagem por nossas vidas. Lembraremos dele com carinho.”
http://www.marisapsicologa.com.br/trauma-emocional.html

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Fatores Traumáticos e de Estresse.

Qual relação existe entre repetência escolar e bala perdida? Como viver bem quando o abandono da família faz parte do contexto? Como aprender e lembrar algo sobre a lição da escola se as regras para sobrevivência são outras? Como apagar da memória as cenas de abusos vivenciadas em casa e na vizinhança? Como explicar o medo durante uma consulta médica se "ninguém vai acreditar em mim, mesmo"?
Crianças e adolescentes vivem intensos períodos de crescimento e desenvolvimentos corporal, emocional e cognitivo, precisando de condições nutricionais, afetivas e sociais favoráveis e positivas para o completo alcance de suas potencialidades vitais. Violência e maus-tratos ocasionam distorções traumáticas e negativas, que podem interromper os processos de maturação e desenvolvimento cerebral, tendo repercussões no comportamento na escola e para o resto da vida. A proteção de crianças e adolescentes contra qualquer forma de abuso, abandono, exploração e violência está assegurada pela Convenção sobre os Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (CDC/ONU) e confirmada pelo Brasil, país signatário desse documento. Desde 1990 existe ainda o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei n° 8.069, que assegura os direitos de cidadania, saúde e educação, como prioridade absoluta para crianças e adolescentes até os 18 anos de idade.
O estresse pode ser definido como conflito grave ou ameaça a liberdade ou integridade física, mental, sexual ou social e é vivenciado quando a pessoa tem uma perda importante de valor afetivo humano (como a morte de mãe, pai ou outro familiar), de possessões, como o local onde vive, ou qualquer outra conexão de afeto e amor que são valiosas e importantes.
 As violências social e estrutural são, sem dúvida, as grandes responsáveis pelo aumento da prevalência das reações do transtorno de estresse póstraumático com suas repercussões clínicas durante o desenvolvimento da adolescência.
Critério diagnóstico do transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) segundo a décima revisão da classificação estatística internacional de doenças e problemas relacionados com a saúde (CID-10) (F 43.1):
  • exposição a evento ou situação estressante, de curta ou longa duração, de natureza ameaçadora ou catastrófica, a qual provavelmente causaria angústia invasiva em quase todas as pessoas;
  • rememoração ou revivência persistente do fator estressor em flashbacks intrusivos. Memórias vividas, sonhos recorrentes e angústia em circunstâncias semelhantes ou associadas ao estressor/ agressor;
  • tentativas de evitar situações semelhantes ou associadas ao estressor/agressor;
  • um dos seguintes aspectos ou sintomas deve estar presente:                                                          - incapacidade de relembrar, parcial ou completamente, alguns aspectos do período de exposição ao agressor/estressor;
    - sintomas persistentes de sensibilidade e excitação psicológica aumentada, demonstrada por dois dos seguintes sintomas:
    a) dificuldade em adormecer ou permanecer dormindo/insônia;
    b) irritabilidade ou explosões de raiva;
    c) dificuldade de concentração;
    d) hipervigilância;
    e) resposta ao susto exagerada; 
http://www.adolescenciaesaude.com/detalhe_artigo.asp?id=13

Oque me preocupa é o SILENCIO DOS BONS !